Penso, que talvez o meu, choro
quando cá cheguei,
Não tenha sido por aquela
palmada, eu ter levado,
E que disseram era pra saber se
eu vivia,
Souberam logo após, pois fiz o
que queriam, chorei, será,
Talvez, pois eu cá cheguei todo
encarnado,
Tão molhado quanto melado, sem
qualquer roupa, e,
Pois é chagamos cá, todos
pelados,
É isso, eu penso que pelados por
cá chegamos e,
Quão pretensiosos somos,
Que quando de cá vamos,
Vestem-nos roupa de “missa”,
mas,
Nem mesmo estas, vão nos
acompanhar,
Vê, não faz sentido, toda vaidade,
Todo o pretenso poder de “possuidor”,
É isso, nada do que “tenho”, vou
levar,
Pois na vida, na dor, e na
morte,
Mesmo que seja um sujeito de “sorte”,
Ah, se não acredita, volte e
veja,
O que ao fim, e somente vai
restar,
Junto aos “nossos” pertences,
Veja se, talvez, por isso,
choramos logo no início,
Pois o ser que este corpo
habita, sempre soube,
O que ao fim de tudo irá sobrar,
Talvez, sim, talvez por isso,
gostaria que não me fizessem,
Novamente, talvez, por favor,
não me façam, chorar!
Sotnas Odlabu