Atirei-me de cabeça, meio sem querer,
E fui apanhado neste admirável abismo,
Cheguei e chorei sem nada entender,
Aquele ser me segurando e sorrindo,
Como se quisesse dar um incentivo,
Ah, que lugar estranho, mas, cheio de atrativos,
Então assim é estar vivo!
Devia estar estranho, me esfregaram tanto,
Em seguida me envolveram em um manto,
Virado pra lá e pra cá me fizeram tonto,
E então cortaram minha ligação com meu antigo mundo,
Logo em seguida aquele macio contato, que tanto conhecia,
Acariciando-me com imensa ternura,
Separado, mas sempre em contato com aquele ser,
Que tudo me deu com carinho, além do viver,
Ela me fez feliz, como somente ela sabia fazer,
Iluminado ser de aparência tão pura!
Desde aquele momento vivo encantado,
Por angelical ser, este lugar enorme, tudo,
Foi caindo que cheguei até o fundo,
Conhecendo e admirando este abismo, que é o mundo,
Em movimento, e transformação a cada segundo!
Não pedi para cá me jogar,
Por mais de quatro vezes, ousaram tentar
Deste belo e novo local me tirar,
E para minha felicidade,
Um ser mais poderoso desfez, fez parar,
A malvada, ansiosa, me queria daqui levar,
Vejo muitos viver a reclamar,
Sem, no entanto, este admirável abismo,
Que é a vida querer deixar,
Enorme gratidão, por aqui estar
Devo aos dois seres, um por ter e conceder,
O poder, para o carinhoso ser me gerar,
E ao carinhoso ser, que mesmo tendo que padecer
Não hesitou, e fez uso da benção recebida,
Dentro de si, gerou e abrigou uma semente, nova criatura,
E desde então somente vivo admirando,
Na verdade, tudo aqui neste abismo me encanta,
É isso, nesse abismo que é a vida,
Vivo abismadamente encantado, pelos seres,
E pela natureza desta admirável vida,
Abismantemente feliz!
SOTNAS ODLABU