E AQUI, OS QUE POR CÁ VIERAM UMA, E CONTINUAM VOLTANDO OUTRAS VEZES!

sábado, 11 de setembro de 2010

Doença Urbana

Quase humanos seguimos, andrajosos em grandes cidades,
Em numerosa companhia, entretanto em solidão constante,
Com enorme incapacidade de fazer e manter amizades,
Feito milhões de patinhos feios em caminhada errante!

Sentimos medo de conhecer outros humanos igualmente,
Feito autômatos, fingimos estar sempre sorrindo,
Talvez por vergonha em demonstrar que estamos doentes,
Ao desejo do decrépto sistema, continuamos seguindo!

Ao encontro de um fim, por todos conhecido, determinados,
E contaminados pela arrogância, e nescia ignorância,
Doença desta selva, de solo, flora e tudo concretado,
Fragmentando a inteligência e solidificando a intolerância!

E temos também como diretriz o consumidor de caráter, a ganância,
Triste, tanto quanto indigno é o fim que está por chegar,
E não demonstrando qualquer culpa por termos errado em abundância,
Clamamos por ajuda, porém jamais será ajudado quem ajuda não se permite!

Como vivemos mesquinhamente civilizados,
Urbanizados haveremos de findar,
Sem ao menos ter possuído, sequer sentido,
A maciez do solo que ira nos acobertar!

Ora, vivendo com essa fixação, voltados
Somente para o futuro, tudo errado claro,
Sendo negligenciado, desmorona o presente não solidificado,
E sem a solidez do presente, qual futuro?
Pois sequer erigimos um passado!



Sotnas Odlabu

Um comentário:

  1. Sotnas

    Na verdade, o presente é um gigante pisando nas bordas do que foi e do que será...Mas é só o que podemos viver ...
    Adorável texto.
    Carinho,
    Fátima Guerra

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